A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou, em sessão recente, a eliminação do referendo como mecanismo de consulta pública para decisões relacionadas à privatização da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). Esta decisão, que deve ser efetivada até 05 de novembro de 2025, tem como objetivo acelerar a desestatização da empresa, a qual fornece serviços essenciais de água e esgoto à população. Os deputados justificam que a medida é necessária para modernizar o processo e evitar atrasos que possam prejudicar investimentos futuros e a eficiência dos serviços prestados. Apesar das justificativas apresentadas, a retirada do referendo gerou um intenso debate sobre a transparência e a participação popular em decisões que afetam o cotidiano dos cidadãos. Grupos de defesa do consumidor e especialistas em saneamento expressaram preocupações sobre os potenciais efeitos da privatização na qualidade dos serviços, afirmando que a falta de um referendo pode levar a um aumento das tarifas e uma redução no padrão de atendimento. Além disso, a mudança na gestão da Copasa pode ter implicações diretas tanto para a população quanto para empresas que dependem dos serviços de abastecimento de água e tratamento de esgoto. É importante que o processo de privatização seja acompanhado de perto pela sociedade civil e que haja um diálogo aberto entre o poder legislativo e os cidadãos para garantir que os direitos e interesses da população sejam respeitados. A decisão representa não apenas uma mudança significativa na política de saneamento de Minas Gerais, mas também serve como exemplo para futuras desestatizações no estado. O acompanhamento rigoroso das próximas etapas da privatização da Copasa será fundamental para assegurar que os aspectos sociais e econômicos sejam devidamente considerados e que a transparência permaneça uma prioridade na gestão dos serviços públicos.