CEO do Itaú rebate críticas de Haddad sobre juros altos

Em uma declaração provocativa, o CEO do Itaú, Roberto Setúbal, abordou as recentes críticas feitas por Fernando Haddad, ex-ministro da Fazenda, que acusou as instituições financeiras de manterem juros excessivamente altos. Durante uma entrevista concedida em 5 de novembro de 2025, Setúbal disse que a visão do ex-ministro sobre a atuação dos bancos é equivocada, enfatizando que o Itaú tem trabalhado para oferecer condições mais favoráveis a seus clientes e para operar com maior fiscalidade no mercado financeiro.

A tensão entre a política econômica e o funcionamento dos bancos é um tema recorrente no Brasil, especialmente em tempos de crise econômica. A crítica de Haddad se insere em um contexto mais amplo de insatisfação da classe média e dos consumidores em relação às altas taxas de juros que, segundo relatos de muitos cidadãos, têm dificultado o acesso ao crédito e comprometido a saúde financeira das famílias.

Na entrevista, Setúbal argumentou que o Itaú busca um equilíbrio entre a necessidade de rentabilidade e a oferta de produtos financeiros acessíveis. Ele ressaltou que, apesar das dificuldades enfrentadas pelo setor, a intenção do banco é ser transparente na comunicação com seus clientes. A defesa do Itaú, segundo ele, é um reflexo de uma estratégia consciente direcionada ao longo prazo, que visa construir um reputação sólida e cercada de confiança no setor financeiro.

Essa declaração do CEO do Itaú não apenas visa esclarecer a posição do banco, mas também acalma os ânimos no mercado, que já se mostra sensível a qualquer movimento que possa indicar instabilidade econômica. Experts emitiram notas sobre o impacto que a manifestação de Setúbal pode ter no debate atual em torno da política de juros no Brasil e como isso pode influenciar as discussões políticas em relação à regulação do setor bancário.

Em resposta às críticas, analistas financeiros acreditam que a postura do Itaú pode servir de exemplo para outros bancos, que também podem se sentir compelidos a se manifestar sobre a questão das taxas de juros. Além disso, tal movimentação pode provocar uma reflexão importante nas políticas econômicas adotadas por investidores e legisladores, em particular aqueles que se ocupam de regulamentações financeiras.

A relevância desse debate é inegável, uma vez que as decisões sobre políticas de juros têm um efeito direto na economia local, no custo de vida e na capacidade das famílias de se endividarem de forma saudável. O posicionamento do Itaú, portanto, pode ter desdobramentos significativos, não apenas para a instituição, mas para o panorama econômico do Brasil em geral, no momento em que o país busca retomar uma trajetória de crescimento sustentável.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *