Desastre de Mariana: A luta por justiça e reparação a uma década da tragédia
Em 5 de novembro de 2025, o rompimento da barragem em Mariana, Minas Gerais, completa 10 anos, marcando a maior tragédia ambiental do Brasil. A década passada deixou um legado de sofrimento, devastação e desafios para milhares de pessoas. Embora a data traga à memória a dor e as consequências imediatas do desastre, também acende a chama da luta por justiça entre os moradores e comunidades afetadas, que ainda buscam reparações e garantias de que episódios semelhantes não voltarão a ocorrer.\n\nO rompimento da barragem de Fundão, da mineradora Samarco, causou não apenas danos ao meio ambiente, mas também gerou uma nova realidade para as famílias que residiam nas proximidades do Rio Doce. Mais de 19 pessoas perderam a vida naquela tragédia, e uma quantidade incalculável de ecossistemas foi comprometida, evidenciando a urgência em garantir que a memória das vítimas não seja esquecida. O andor de processos judiciais tem sido uma constante na vida da comunidade, com muitos ainda esperando por justiça. \n\nNos últimos anos, diversas mobilizações têm sido organizadas, como protestos, audiências públicas e eventos de conscientização, que reúnem moradores, ambientalistas e apoio de organizações não-governamentais. “Continuaremos lutando até que as promessas de reparação sejam cumpridas e que nunca mais alguém passe pelo que nós passamos”, afirma Maria da Conceição, uma das líderes da comunidade afetada que perdeu familiares no desastre.\n\nCom a proximidade do décimo aniversário, aumentam as esperanças de que essas mobilizações tragam não apenas reparações financeiras, mas uma mudança significativa nas políticas públicas voltadas à segurança de barragens e prevenção de desastres semelhantes no Brasil. Especialistas alertam que a tragédia de Mariana continua a influenciar debates sobre regulação, responsabilidade corporativa e justiça ambiental. \n\nAlém das lições aprendidas, a luta dos moradores reflete uma necessidade mais ampla de compromisso com a justiça social e ambiental, ecoando em outras partes do país que também enfrentam desafios semelhantes. A tragédia de Mariana ainda reverbera na sociedade, levantando questões cruciais sobre a proteção dos direitos das comunidades e a integridade ambiental. \n\nÀ medida que o aniversário se aproxima, é essencial lembrar que a luta por justiça é uma questão não apenas de reparação, mas de dignidade humana e respeito ao meio ambiente. O desfecho dessa história ainda está em aberto, e as ações dos próximos meses e anos podem definir um futuro diferente para as comunidades afetadas e para a legislação sobre segurança ambiental no Brasil.